Cardápio do boteko

sábado, 10 de abril de 2010

Centrais sindicais declaram apoio à Dilma, em evento no ABC



Ao lado do presidente Lula e de lideranças do PT e dos partidos aliados, a pré-candidata governista à Presidência da República, Dilma Rousseff, participou neste sábado, 10, de um evento no Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC Paulista, para debater questões ligadas à geração de empregos e qualificação profissional. O ato foi organizado por seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB e Nova Central – com o objetivo de fazer um balanço do governo Lula pelo prisma do emprego e discutir quais os desafios a serem superados.

Neste sentido, o Dieese apresentou um estudo que mostrou os significativos avanços alcançados ao longo do governo Lula, com ênfase principalmente para a geração de mais de 12 milhões de empregos com carteira assinada desde 2003, o que representa um recorde na série histórica do Instituto. Um grande destaque também foi dado à política de valorização do salário mínimo desenvolvida por Lula e à abertura dada pelo governo ao diálogo com as centrais sindicais para negociar os aumentos do mínimo no período.

Lideranças sindicais declaram apoio a Dilma
Após a apresentação dos dados do Dieese, os presidentes das centrais sindicais fizeram seus discursos, destacando o balanço positivo do governo Lula e também a necessidade de eleger Dilma para a continuidade dos avanços registrados nesses últimos anos. De uma forma geral, todos eles referiram-se à oposição demo-tucana como “forças do atraso”, lembrando da política neoliberal, das privatizações e do arrocho salarial que caracterizaram a gestão tucano no período FHC.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira (PDT), destacou que “Dilma começa [a campanha] bem, começa no sindicato de onde saiu o Lula. Começa, inclusive, melhor que o Lula, porque conseguiu unir as centrais sindicais”. Paulinho da Força também disse que essa eleição será uma “barbada” para Dilma, pois Serra “não gosta do trabalhador. Ele diz que vai fazer obra, até no Império Romano se fazia obra. Mas se fazia obra com o trabalho escravo”.

Terminadas as falas dos líderes sindicais, a palavra foi passada ao pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloísio Mercadante, que mostrou o quanto São Paulo deixou de acompanhar o ritmo de desenvolvimento propiciado pelo governo Lula, ficando, por isso, para trás. Mercadante criticou também a política de segurança pública desenvolvida pelos tucanos em São Paulo, dizendo que “não adianta investir somente em equipamentos, se em SP os policiais ganham metade do que recebem os policiais do Sergipe”.

Dilma mostra que tem lado definido
Ao contrário de seu adversário Serra, que insiste em não mostrar claramente o lado que está, apresentando-se com um discurso de “pós-Lula” quando todos sabem que ele é o “anti-Lula”, a pré-candidata Dilma fez questão de deixar muito claro o lado que ela representa. Neste sentido, em seu discurso às centrais sindicais, a petista deixou claro seis pontos que definem a sua candidatura. Abaixo o trecho do discurso de Dilma que faz referência a esses pontos:

“1) Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco.

2) Eu não sou de esmorecer. Vocês não me verão entregando os pontos, desistindo, jogando a toalha. Vou lutar até o fim por aquilo em que acredito. Estarei velhinha, ao lado dos meus netos, mas lutando sempre pelos meus princípios. Por um País desenvolvido com oportunidades para todos, com renda e mobilidade social, soberano e democrático;

3) Eu não apelo. Vocês não verão Dilma Rousseff usando métodos desonestos e eticamente condenáveis para ganhar ou vencer. Não me verão usando mercenários para caluniar e difamar adversários. Não me verão fazendo ou permitindo que meus seguidores cometam ataques pessoais a ninguém. Minhas críticas serão duras, mas serão políticas e civilizadas. Mesmo que eu seja alvo de ataques difamantes.

4) Eu não traio o povo brasileiro. Tudo o que eu fiz em política sempre foi em defesa do povo brasileiro. Eu nunca traí os interesses e os direitos do povo. E nunca trairei. Vocês não me verão por aí pedindo que esqueçam o que afirmei ou escrevi. O povo brasleiro é a minha bússola. A eles dedico meu maior esforço. É por eles que qualquer sacrifício vale a pena.

5) Eu não entrego o meu país. Tenham certeza de que nunca, jamais me verão tomando decisões ou assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja. Não vou destruir o estado, diminuindo seu papel a ponto de tornar-se omisso e inexistente. Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços. O estado deve estar a serviço do interesse nacional e da emancipação do povo brasileiro.

6) Eu respeito os movimentos sociais. Esteja onde estiver, respeitarei sempre os movimentos sociais, o movimento sindical, as organizações independentes do povo. Farei isso porque entendo que os movimentos sociais são a base de uma sociedade verdadeiramente democrática. Defendo com unhas e dentes a democracia representativa e vejo nela uma das mais importantes conquistas da humanidade. Tendo passado tudo o que passei justamente pela falta de liberdade e por estar lutando pela liberdade, valorizo e defenderei a democracia. Defendo também que democracia é voto, é opinião. Mas democracia é também conquista de direitos e oportunidades.

É participação, é distribuição de renda, é divisão de poder. A democracia que desrespeita os movimentos sociais fica comprometida e precisa mudar para não definhar. O que estamos fazendo no governo Lula e continuaremos fazendo é garantir que todos sejam ouvidos. Democrata que se preza não agride os movimentos sociais. Não trata grevistas como caso de polícia. Não bate em manifestantes que estejam lutando pacificamente pelos seus interesses legítimos”.

A pré-candidata do PT também declarou que “aquele país triste, da estagnação e do desemprego, ficou pra trás. O povo brasileiro não quer esse passado de volta. Acabou o tempo dos exterminadores de emprego, dos exterminadores de futuro. O tempo agora é dos criadores de emprego, dos criadores de futuro”. Vê-se, dessa forma, que a cada dia Dilma se mostra a mais preparada para assumir a Presidência da República. E, neste sentido, não é forçoso dizer que Dilma é a única candidata capaz de dar seqüência às mudanças iniciadas no governo Lula.

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