Dilma defende desoneração fiscal em palestra no RS: nesta quinta-feira, 15, a pré-candidata do PT à Presidência da República deu uma palestra a empresários na Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), onde fez um balanço da política industrial desenvolvida pelo governo Lula. Dilma aproveitou para lembrar os empresários que os governos brasileiros, anteriores a Lula, não se preocuparam em desenvolver uma política industrial adequada.
“Nós teremos que fazer política industrial no nosso país, algo que muitos antes de nós consideraram provas de insensatez e atraso”, declarou a petista. Sobre o período anterior a Lula, Dilma ainda afirmou: “estagnação e desigualdade nos desafiaram ao longo de décadas numa espécie de enigma de uma esfinge perversa: ou decifra ou eu te devoro. E fomos de certa forma sendo derrubados todos. Não fisicamente, mas em nossos sonhos”.
Além disso, a ex-ministra afirmou que “o Brasil precisa de desoneração fiscal”, acrescentando que “desenvolver o país sem comprometer a estabilidade foi o grande desafio que tivemos que responder. Não foi trivial. As apostas eram que a gente não ia conseguir. Nós vencemos a esfinge”.
Criação de empregos bate recorde no 1º trimestre: o balanço da geração de empregos formais nos primeiros três meses de 2010 foi bastante positivo, de acordo com os dados do Caged divulgados nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento, foram gerados o 1º trimestre deste ano 657,2 mil novos empregos com carteira assinada, um recorde para o período desde o início da série histórica.
Neste sentido, o patamar atingido neste trimestre foi 19% superior à melhor marca para o período, que havia sido alcançada no primeiro trimestre de 2008. Somente no mês de março foram criadas 266 mil novos postos formais de trabalho. Para abril, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, projeta novo recorde: 340 mil novas vagas, segundo as projeções do ministro. Os salários médios de admissão também cresceram 4,37% em março, na comparação com igual mês de 2009, passando de R$ 782,50 para R$ 816,70.
A aposta do governo é de que a geração de empregos formais em 2010 seja superior a 2 milhões de novas vagas, o que seria um recorde para um ano. Lupi destacou, contudo, que é importante que a taxa de juro mantenha um patamar baixo: “estamos num ciclo virtuoso em que a gente não pode matar as galinhas dos ovos de ouro, que é a produção. Taxas de juros aumentando cerceia a produção”.
Institutos de pesquisa questionam atitude da Folha: após vários artigos da Folha de São Paulo criticarem as pesquisas dos institutos Vox Populi e Sensus por estas não confirmarem o resultado obtido no último levantamento do Datafolha para a sucessão presidencial, os diretores destes institutos vieram a público rebater as críticas do jornal paulista.
“As discussões (sobre os resultados das pesquisas) deveriam manter um nível técnico, sobre as diferenças metodológicas. Infelizmente, a Folha optou por uma abordagem tendenciosa e sem argumentos consistentes. Questionável é a linha editorial da Folha de São Paulo”, disparou o diretor do Vox Populi, João Francisco Meira. Ele ainda acrescentou: “a diferença entre nós é a existência de um grande veículo de comunicação que se dispõe, talvez por solidariedade aos colegas do departamento de pesquisa, a praticar um jornalismo de má qualidade, atacando sistematicamente empresas que divulgam resultados diferentes dos que lhe interessam”.
O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, declarou que “a Folha pinçou esse fato e transformou em uma matéria de primeira página que não diz absolutamente nada”, referindo-se a uma matéria do jornal paulista que tenta desqualificar o trabalho do Sensus, antes mesmo de que os resultados fossem divulgados, explorando uma troca no nome do contratante da pesquisa.
Comentário de Serra deixa Maluf “muito satisfeito”: na manhã desta quinta-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes, o pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra, declarou que o sucessor de um governante nem sempre replica o seu antecessor, referindo-se indiretamente à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Para exemplificar sua afirmação, o tucano relembrou o caso do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e seu antecessor e padrinho político, Paulo Maluf (PP).
“Lembra o que ocorreu em São Paulo com [Paulo] Maluf e [Celso] Pitta. O Maluf estava bem avaliado e bancou o Pitta. O Pitta foi diferente do Maluf ou não foi? Foi outra coisa. Não necessariamente o sucessor replica o antecessor mesmo tendo sido apoiado por ele”, declarou Serra. A afirmação do tucano, ao criticar a gestão Pitta e dizer que ela não “replicou” o governo anterior, de Maluf, dá margem à interpretação de que Serra considerava boa a administração de Paulo Maluf.
Tanto que Maluf reagiu muito bem ao comentário do tucano, declarando no final da tarde: “estou muito satisfeito com o comentário de José Serra sobre a minha gestão”. Sobre a declaração de Serra, a Dilma afirmou: “isso não é crítica, é desejo. Desejo que a população pense assim. Cada um fique com seus desejos”, lembrando que fez parte ativamente dos projetos do governo Lula, como o PAC, o Luz para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o pré-sal.
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