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sexta-feira, 7 de maio de 2010

ONU elege Lula como "campeão mundial no combate à fome"


Uma semana após ter sido indicado pela revista Time como um dos líderes mais influentes do mundo, em uma lista de 25 nomes, o presidente Lula soube nesta sexta-feira, 7, que receberá na próxima semana o prêmio de “Campeão Mundial na Luta contra a fome” da ONU (Organização das Nações Unidas). A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, Josette Sheeran, chega no próximo domingo, 9, ao Brasil para uma visita de dois dias.

Na segunda-feira, 10, Sheeran participará do encontro “Diálogo Brasil-África sobre segurança alimentar”, onde entregará o prêmio ao presidente Lula. O evento é promovido pelo governo brasileiro e conta com a participação de vários ministros da agricultura de países africanos. De acordo com o diretor do Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil, Giancarlo Summa, o prêmio dado ao presidente Lula “é um reconhecimento do papel que o Brasil desempenha na luta contra fome, seja internamente e no cenário internacional. O Brasil está empenhado na África em cooperação técnica com dezenas de países”.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU justifica a escolha do presidente Lula como “campeão mundial no combate à fome” principalmente pela “importância da parceria com o Brasil em momentos como o terremoto no Haiti, onde militares brasileiros da Minustah tiveram papel fundamental na distribuição de alimentos. O prêmio representa ainda o reconhecimento dos esforços do governo do pais no cumprimento das Metas do Milênio”. É importante lembrar que somente nos últimos seis meses este é o sexto prêmio que o presidente Lula recebe da comunidade internacional. Abaixo os títulos recebidos por Lula recentemente:

Finantial Times: o periódico britânico especializado em economia listou o presidente Lula como uma das 50 personalidades que moldaram o mundo na década de 2000. É importante lembrar que Lula foi o único representante latino-americano na lista do FT, que justificou a indicação do presidente pelo fato de que “sob seu comando, o Brasil finalmente começou a confirmar seu enorme potencial e muitos, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), estimam que seja a quinta maior economia do mundo antes de 2020, trazendo mudança duradoura para a ordem mundial”.

A lista do jornal britânico incluía políticos, empresários, esportistas e artistas, entre os quais o presidente americano Barack Obama e o seu antecessor, George W. Bush; o primeiro-ministro russo Vladimir Putin; o presidente chinês Hu Jintao; o líder da Al Qaeda Osama Bin Laden; o criador do Facebook Mark Zuckerberg, o artista Damien Hirst, o biólogo Richard Dawkins e o fundador da Apple Steve Jobs.

El País: no final do ano passado, o jornal espanhol elegeu o presidente Lula como o “Personagem do Ano de 2009”. Em um artigo escrito ao jornal e publicado no dia 10 de dezembro, o presidente de governo da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, definiu Lula como um “homem honesto, íntegro, voluntarioso e admirável”, destacando ainda que “sente profunda admiração” pelo presidente brasileiro.

Zapatero também destacou que sob a condução de Lula, o Brasil “deixou de ser o país do futuro que nunca chegava para converter-se em uma realidade formidável, com um porvir brilhante e uma projeção global e regional cada vez mais relevante”. O presidente espanhol também destacou, na época, que “finalmente o mundo se deu conta que o Brasil é muito mais que carnaval, futebol e praias”.

Segundo Zapatero, “Lula tem o imenso mérito de ter unido a sociedade brasileira em torno de uma reforma tão ambiciosa quanto tranqüila. Está sabendo, sobretudo, enfrentar com determinação e eficácia a desigualdade, a pobreza e a violência, que tanto se alastraram na história recente do pais”. Para ler o artigo completo do presidente do governo espanhol sobre Lula, clique aqui.

Le Monde: também no final de 2009, o jornal francês escolheu Lula como o “Homem do Ano de 2009”. Na ocasião, o Le Monde destacou que “aos olhos de todos, Lula encarna o renascimento de um gigante”. O jornal ainda afirma que “participante do grupo dos países emergentes, mas também do mundo em desenvolvimento com o qual se sente solidário”, Lula “colocou firmemente seu país em uma dinâmica de desenvolvimento”.

O periódico também destacou que, na ocasião, Lula caminhava para o último ano de seu mandato e que durante todo o seu governo “seguiu sendo um democrata, lutando contra a pobreza sem ignorar os motores de um crescimento mais respeitoso com os equilíbrios naturais”. Segundo o Le Monde, Lula criou uma nação democrática e dinâmica, que combate a pobreza enquanto promove o crescimento econômico.

Fórum Econômico de Davos: no início de 2010, Lula ganhou o prêmio de “Estadista Global 2009”, concedido pelo Fórum Econômico de Davos, na Suíça. Na ocasião, o presidente Lula não pôde viajar para receber o prêmio, por conta de problemas de saúde, mas enviou como seu representante o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A escolha de Lula para ser homenageado pela primeira edição do prêmio se justificou pelo fato de que “tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade”.

Segundo o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, “o presidente Lula é um exemplo a ser seguido pela sua liderança global”. Na época, o sociólogo brasileiro Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), destacou que “no primeiro fórum de que o presidente participou, talvez Davos achasse que Lula precisava da legitimidade deles para se projetar. Em oito anos, o presidente brasileiro ganhou autonomia”.

Revista Time: na semana passada, a revista Time colocou Lula como um dos 25 líderes mais influentes do mundo. No texto em que justifica a escolha de Lula, escrito pelo cineasta norte-americano Michael Moore, destaca-se o fato de que o presidente brasileiro é “filho genuíno das classes trabalhadoras da América Latina” e também que “o que Lula quer para o Brasil é o que nós [norte-americanos] costumávamos chamar de ‘sonho americano’”.

Moore também destaca que “quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche”.

O que se vê, dessa maneira, é que a comunidade internacional, a despeito da imprensa brasileira e dos setores conservadores locais, tem reconhecido cada vez mais a liderança e capacidade política do presidente Lula. O prêmio concedido pela ONU, neste sentido, é mais um reconhecimento dos esforços de Lula para a redução das desigualdades não só no Brasil, mas em todo o mundo.

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