Em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas, realizadas na segunda-feira (22) em São Paulo, diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do país confirmaram o que há muito já se via nas ruas: o cenário otimista para a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. A tendência plebiscitária que deve dominar esta eleição também foi destacada pelos debatedores.
De uma maneira geral, foi pontuado que pesquisas de intenção de votos não são prognósticos, mas sim diagnósticos, ou seja, fotografias do momento acerca do comportamento do eleitor. E dentro dessa visão, o que se nota é que cada dia que passa, esses diagnósticos têm se tornado mais favoráveis à candidatura de Dilma, tanto que o diretor do Vox Populi, João Francisco Meira, declarou que “não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno”.
Boa percepção do eleitor sobre economia favorece Dilma
Para Meira, a tendência de crescimento de Dilma está bastante relacionada à percepção do eleitor de que a economia vai muito bem. Essa análise do diretor do Vox Populi é bastante correta, pois um dos principais critérios, se não o principal, de escolha de candidato por parte do eleitor comum é a situação da economia. Neste aspecto, se a economia vai mal, o eleitor tende a optar por uma mudança (como aconteceu em 2002, quando a população avaliava mal a condução da economia por FHC).
Mas esse não é o caso em 2010: o cenário econômico brasileiro segue muito bom, após os efeitos da crise internacional terem um impacto mínimo no país, na comparação com outras economias, que foram bem atingidas pela crise. Inflação sob controle, desemprego em tendência de queda, expansão das linhas de crédito, melhora das condições de financiamento e expectativa de grande aumento na capacidade instalada da indústria são alguns, dos muitos pontos, que fazem o brasileiro aprovar a condução econômica do governo Lula.
E é justamente essa avaliação de bom cenário econômico que deve pesar na escolha que o eleitor fará sobre seu candidato, especialmente quando se estabelecer uma comparação com o governo FHC. Para Márcia Cavallari, do Ibope, “a percepção do eleitor é de que os avanços foram muito mais profundos no governo Lula. A comparação com o governo FHC é prejudicial para o Serra”. Ou seja, a comparação dos feitos econômicos de Lula-Dilma com FHC-Serra tende a beneficiar muito mais a candidatura Dilma.
Dificuldade para oposição encontrar discurso
O êxito do governo Lula na condução da política econômica e seu conseqüente nível de aprovação elevado (75% segundo a mais recente pesquisa CNI/Ibope), ao mesmo tempo que favorecem a candidatura de Dilma, criam um importante problema para a oposição, que é encontrar um discurso que convença o eleitor a votar em Serra. Isto porque uma postura crítica ao governo Lula poderia tirar votos de Serra e não o contrário, já que o governo é muito bem avaliado.
O próprio Serra afirmou na última sexta-feira, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, que “Lula está terminando bem o seu governo”. No final de semana, o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, também destacou que agora, após Serra assumir sua candidatura, é preciso que a oposição encontre um discurso. A estratégia de colocar-se como um pós-Lula ao invés de um anti-Lula também não parece ser adequada para Serra, posto que ela não justifica a mudança.
Para a diretora do Ibope, “O que a gente sabe é que o eleitor se sente muito confortável de ter votado no Lula e agora fazer essa avaliação de que acertou. Ele pensa: 'Acertei, e o País está tendo avanços'”. Ou seja, diante desse conforto, o eleitor preferirá continuar apostando no time de Lula do que em Serra, que por mais que não queira, é altamente identificado com o governo FHC. Assim, enquanto a oposição “se descabela” para definir sua estratégia de campanha, Dilma amplia ainda mais seu favoritismo.
Para Meira, a tendência de crescimento de Dilma está bastante relacionada à percepção do eleitor de que a economia vai muito bem. Essa análise do diretor do Vox Populi é bastante correta, pois um dos principais critérios, se não o principal, de escolha de candidato por parte do eleitor comum é a situação da economia. Neste aspecto, se a economia vai mal, o eleitor tende a optar por uma mudança (como aconteceu em 2002, quando a população avaliava mal a condução da economia por FHC).
Mas esse não é o caso em 2010: o cenário econômico brasileiro segue muito bom, após os efeitos da crise internacional terem um impacto mínimo no país, na comparação com outras economias, que foram bem atingidas pela crise. Inflação sob controle, desemprego em tendência de queda, expansão das linhas de crédito, melhora das condições de financiamento e expectativa de grande aumento na capacidade instalada da indústria são alguns, dos muitos pontos, que fazem o brasileiro aprovar a condução econômica do governo Lula.
E é justamente essa avaliação de bom cenário econômico que deve pesar na escolha que o eleitor fará sobre seu candidato, especialmente quando se estabelecer uma comparação com o governo FHC. Para Márcia Cavallari, do Ibope, “a percepção do eleitor é de que os avanços foram muito mais profundos no governo Lula. A comparação com o governo FHC é prejudicial para o Serra”. Ou seja, a comparação dos feitos econômicos de Lula-Dilma com FHC-Serra tende a beneficiar muito mais a candidatura Dilma.
Dificuldade para oposição encontrar discurso
O êxito do governo Lula na condução da política econômica e seu conseqüente nível de aprovação elevado (75% segundo a mais recente pesquisa CNI/Ibope), ao mesmo tempo que favorecem a candidatura de Dilma, criam um importante problema para a oposição, que é encontrar um discurso que convença o eleitor a votar em Serra. Isto porque uma postura crítica ao governo Lula poderia tirar votos de Serra e não o contrário, já que o governo é muito bem avaliado.
O próprio Serra afirmou na última sexta-feira, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, que “Lula está terminando bem o seu governo”. No final de semana, o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, também destacou que agora, após Serra assumir sua candidatura, é preciso que a oposição encontre um discurso. A estratégia de colocar-se como um pós-Lula ao invés de um anti-Lula também não parece ser adequada para Serra, posto que ela não justifica a mudança.
Para a diretora do Ibope, “O que a gente sabe é que o eleitor se sente muito confortável de ter votado no Lula e agora fazer essa avaliação de que acertou. Ele pensa: 'Acertei, e o País está tendo avanços'”. Ou seja, diante desse conforto, o eleitor preferirá continuar apostando no time de Lula do que em Serra, que por mais que não queira, é altamente identificado com o governo FHC. Assim, enquanto a oposição “se descabela” para definir sua estratégia de campanha, Dilma amplia ainda mais seu favoritismo.
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