No RS, Dilma destaca importância da política industrial: a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, cumpriu agenda nesta terça-feira, 11, n oRio Grande do Sul, onde participou do Seminário “Rio Grande, onde o Rio Grande Renasce”. No evento, a ex-ministra aproveitou para destacar os desafios do Brasil para a próxima década, sinalizando, neste sentido, a importância do fortalecimento da política industrial, dando continuidade aos avanços registrados no governo Lula.
De acordo com a pré-candidata, “nós estamos saindo de país emergente e temos que buscar nosso lugar de país desenvolvido. Por isso, na próxima década é fundamental a política industrial. O Brasil hoje é um dos países que têm mais oportunidades”. Pegando o gancho dos investimentos feitos pelo governo Lula na indústria naval, Dilma avaliou a importância desse tipo de incentivo e fomento para a geração de empregos, como foi verificado neste setor específico nos últimos anos.
“Dentro dessas diretrizes foi tomada decisão estratégica de regionalizar a implantação da indústria naval. Alguns setores queriam concentrar a indústria naval onde ela sempre se deu. Mas teve decisão estratégica de governo pare ela beneficiar todas as regiões, porque ela servirá para o surgimento de uma nova cadeia produtiva no Brasil”, afirmou a pré-candidata. Após o seminário, Dilma concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, onde voltou a defender a autonomia do Banco Central e declarou que possui sim credenciais para a disputa presidencial.
Segundo Dilma, “aqui no Rio Grande do Sul fico à vontade porque fui secretária da Fazenda, em Porto Alegre, e fui secretária de Minas, Energia e Comunicação [duas vezes]. E antes de chegar no plano federal passei pelo município e pelo governo do Estado na gestão. Fui ministra da Minas e Energia e da Casa Civil e participei do conselho de administração Petrobras, então tenho uma experiência de gestão das maiores. Eu não tenho, entretanto, experiência eleitoral e fico pensando se não é bom isso, porque seria uma lufada de ar novo na situação mais tradicional de fazer política”.
Com relação à atuação do Banco Central, a pré-candidata disparou: “eu acho que do jeito como está é muito bom. O BC tem autonomia operacional. Não precisa fazer modificação e não tem que mexer em time que está ganhando”.
Emprego na indústria tem crescimento recorde em março: o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira os dados relativos ao emprego na indústria. Neste sentido, o nível de emprego na indústria brasileira apresentou expansão de 2,4% em março deste ano, na comparação a igual período do ano anterior, segundo os dados do IBGE. Essa expansão é a maior registrada pela indústria brasileira desde agosto de 2008.
O valor da folha de pagamento da indústria também cresceu 5,6% nesta mesma comparação, o maior valor desde setembro de 2008. Com relação aos dados trimestrais, o desempenho da indústria também foi excelente. Neste sentido, o nível de emprego industrial apresentou expansão de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, considerando-se como referência igual período do ano anterior.
Além disso, o valor da folha de pagamentos entre janeiro e março deste ano apresentou elevação de 3,3% na comparação com igual período do ano anterior. Este levantamento do IBGE fica totalmente em sintonia com os relatórios divulgados pelo instituto na semana passada, quando foi constatada uma elevação significativa da produção industrial tanto em março quanto no acumulado do primeiro trimestre.
Serra evita falar sobre Banco Central em Goiás: o pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra, cumpriu agenda nesta terça-feira eu Goiânia. Durante uma coletiva de imprensa dada esta tarde, Serra voltou a criticar a política de juros desenvolvida pelo Banco Central. Segundo o tucano, “não é possível que alguém no país defenda a taxa de juros que é a maior do mundo”. Neste momento os jornalistas informaram ao pré-candidato que a sua adversária, Dilma, defendeu a postura tomada pelo Banco Central na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Frente a isso, o tucano declarou que “[ela defendeu um] BC que mantém os juros reais como os maiores do mundo. Para mim é novidade que ela tenha defendido o maior juro real do mundo. Esta campanha é livre para todo mundo defender suas posições”. O pré-candidato declarou ainda que não tem críticas quanto ao status de ministério dado ao BC pelo presidente Lula: “o BC ganhou status de ministério porque havia um processo [judicial] com relação ao seu presidente [Henrique Meireles]. Agora, BC, sendo ou não ministério, é um órgão muito importante que sempre terá peso”.
Perguntado sobre sua reação agressiva a uma pergunta da jornalista Miriam Leitão, durante entrevista na segunda-feira à Rádio CBN, Serra afirmou que vem encontrando dificuldades para acordar cedo, o que prejudica seu humor nas primeiras horas do dia. “Meu humor vai melhorando sempre ao longo do dia. O ponto alto é a noite. É uma questão de fuso horário, desde que nasci sou assim. Não houve nada agressivo. Foi apenas uma discussão com uma repórter que é experiente e tem suas convicções”, afirmou o tucano.
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