segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Redução do conteúdo nacional da Petrobras: farsa da Folha é solenemente desmascarada

Não é novidade para ninguém o elevado grau de esforço empreendido pelo jornal Folha de São Paulo para criar factóides e notícias tendenciosas que não têm qualquer embasamento na realidade. Nesta segunda-feira, 24, o jornalão novamente dispara contra a Petrobras, trazendo uma reportagem totalmente desprovida de veracidade sobre um suposto movimento da estatal para reduzir as metas de utilização de itens e serviços nacionais na exploração das novas reservas do pré-sal. Segundo a Folha, “a estatal já pediu ao governo para rever as chamadas metas de nacionalização, um compromisso de campanha de Dilma Rousseff”.

Essa redução da meta de nacionalização, de 65% para 35%, segundo a inverídica matéria, seria ocasionada em virtude da “incapacidade da indústria brasileira de atender a demanda por equipamentos e dos altos preços praticados no país”. Segundo a Folha, “o principal problema é de prazo: na área de cessão onerosa, a Petrobras precisa extrair 5 milhões de barris para pagar ao governo pela sua capitalização até 2014. Nesse prazo não há como fabricar sondas no país. Além disso, Gabrielli [presidente da estatal] disse a interlocutores que os preços praticados no mercado interno são um problema: uma sonda, por exemplo, custa cerca de US$ 1 bilhão no Brasil. Lá fora, paga-se 30% menos”.

O jornal também afirma que “por conta desses entraves, a Petrobras já encomendou no exterior parte das 28 sondas que vai utilizar. A regra atual exige que, para equipamentos de perfuração, o índice de nacionalização comece em 55%, passe a 60% em uma etapa intermediária e chegue a 65% nas etapas finais”. De forma maliciosa, a Folha dá a entender que o governo Dilma está voltando atrás numa promessa de campanha feita ao empresariado nacional e numa postura defendida ao longo do governo Lula. A matéria afirma, por exemplo, que “no final de 2010, durante inauguração da P-57, no Rio de Janeiro, Lula desafiou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, a aumentar o conteúdo nacional de plataformas, chegando a projetos 100% brasileiros”.

Blog da Petrobras desmente boato infundado da Folha
Ou seja: existe uma clara intenção do jornalão paulista em jogar o empresariado nacional, que seria prejudicado naturalmente com uma redução do conteúdo nacional pela Petrobras, contra o governo federal. E o pior: a Folha não economiza em jogadas rasteiras para vender uma imagem do governo Dilma que não corresponde à realidade. Afinal de contas, a Presidenta sempre foi uma das maiores defensoras da nacionalização de itens e serviços adquiridos pela Petrobras. Felizmente, tão logo a edição desta segunda-feira chegou às bancas, o Blog da Petrobras postou a resposta aos impropérios da Folha nesta reportagem, desmascarando a mentira deslavada do jornalão da Barão de Limeira e a distorção dos fatos.

Vale destacar que para confirmar essa história, a Folha enviou à Petrobras uma pergunta por e-mail. Abaixo, o leitor pode ver a íntegra da pergunta da Folha e da resposta enviada pela Petrobras. Perceba que em absolutamente nenhum momento a Petrobras confirma essa história fantasiosa da Folha e desmente com toda veemência esses boatos infundados, nascidos provavelmente na mente fantasiosa dos jornalistas e editores do jornalão paulista:

Pergunta: A pauta é sobre a tentativa da Petrobras de cumprir o índice de nacionalização em suas licitações para a exploração do pré-sal. Há um cronograma de nacionalização para os próximos anos que terá que ser refeito, segundo fontes ouvidas pela Folha, porque a indústria nacional ainda não se organizou o suficiente para atender à demanda. Os preços são muito mais altos que os cobrados no exterior e se a Petrobras tiver que esperar a indústria nacional ter competitividade poderá ter o seu cronograma de exploração comprometido. Gostaria basicamente de saber se há um novo prazo em discussão para conteúdo nacional, se a meta atual poderá ser flexibilizada e o que pode ser feito junto aos fornecedores locais de equipamentos para que possam atender à Petrobras nos próximos anos.

Resposta: Não há atraso no cumprimento das metas no que diz respeito ao indice de conteúdo nacional nas obras da Petrobras, ou qualquer movimentação contrária a sua ampliação. Ao contrário, medidas de incentivo estão sendo intensificadas, cobrindo áreas estratégicas para as empresas – tecnológica, financeira e gestão. A Petrobras está fazendo também contatos permanentes com a rede de fornecedores de todo o País. Sistemáticas reuniões com empresários – pequenos, médios e grandes fornecedores – estão sendo feitas no sentido de estimular a indústria nacional a produzir tudo o que a Petrobras precisa, desde parafuso até sondas.


Como se pode constatar, a Petrobras 1) nega atraso no cumprimento do cronograma de nacionalização de conteúdo; 2) nega suposta movimentação para reduzir meta de conteúdo nacional; e 3) afirma que o que está ocorrendo é exatamente o contrário: um movimento para ampliação do conteúdo nacional, com novos contratos sendo fechados com empresários brasileiros de diversos portes. Um jornalismo sério, diferentemente do da Folha, daria foco ao que realmente está acontecendo e não a boatos que simplesmente são tratados (maliciosamente) como verdade! Mas a Folha insiste em tentar vender um rumor que carece de fundamentação como “furo de reportagem” e aí a credibilidade do jornal, que já é baixíssima, cai ainda mais.

Em tempo, essa não é a primeira mentira deslavada que a Folha inventa sobre a Petrobras. Basta lembrar que, logo que as eleições acabaram, o jornalão da Barão de Limeira inventou um boato totalmente infundado sobre contratos firmados pela estatal com o marido da diretora de Gás e Energia, Graça Foster, na época cotada para o primeiro escalão do governo Dilma. E nesse meio tempo, outras mentiras foram jogadas em campo pela Folha. Como dito acima, felizmente o Blog da Petrobras vem fazendo um trabalho extraordinário de desmentir na lata esses impropérios da Folha e mostrar os fatos como eles realmente são, muito diferentes daquilo que a redação dos Frias tenta vender aos seus leitores.

Um comentário:

  1. A mídia golpista não cumpre o papel de informar o cidadão, mas sim o de desinformar,e presta com isso um grande desserviço para a democracia.O pig e seus jornalistas amestrados, como o Arnaldo Jabor,Merdal Pereira e outros,não tem compromisso com os fatos,mas sim em distorcer idéias e propagar falácias. A regulamentação da mídia é URGENTE e espero que o governo Dilma tenha este tema como uma das prioridades no seu governo.
    Quem não lê a Veja,Folha de São Paulo,Estadão e o Globo, não esta perdendo nada,aliás esta deixando de ficar mal informado.

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