sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eleições: Folha cria novo factóide para tentar desestabilizar campanha de Dilma

O que seria da oposição sem a grande imprensa? Diante da ausência de projeto político, de uma linha coerente de discurso e até mesmo de base de apoio, a pré-candidatura de José Serra, que será oficializada no próximo sábado, 12, na convenção nacional do PSDB, passa a seguir em frente apoiada cada vez mais na muleta da grande imprensa. Assim, jornais e revistas que atendem aos interesses do demo-tucanato passam a investir cada vez mais pesado na produção de factóides e intrigas com vista a tentar desqualificar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

Esse tipo de comportamento, contudo, já era bastante previsível, uma vez que a grande mídia, apesar de levantar a bandeira da imparcialidade, sempre deixou bastante claro em suas entrelinhas qual é o seu lado. Após procurar inflar, durante toda a semana passada, a farsa do suposto “dossiê” que teria sido produzido pela coordenação de campanha de Dilma contra José Serra, o jornal Folha de São Paulo, não se dando por satisfeito, tratou logo de providenciar uma matéria em sua edição desta sexta-feira, 10, para tentar prejudicar a campanha da petista.

Folha cria novo factóide para tentar atingir Dilma
A matéria da Folha desenha um quadro tendencioso desde o seu título, no qual diz que: “Equipe de Dilma é remunerada por meio de notas frias”. A priori, o leitor que se depara com uma chamada dessas, e que ainda não está familiarizado com as armações da Folha, é tomado imediatamente por um sentimento de rejeição à campanha da petista, pois se o que é sugerido no título fosse verdade estaríamos de fato diante de um grande problema por parte da campanha governista.

No primeiro parágrafo da reportagem, a Folha diz que ”a pré-campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) remunera jornalistas e técnicos por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial”, informando logo abaixo que “as notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta”. O leitor menos desavisado entende o que? Que a coordenação da campanha de Dilma contrata funcionários e o paga por meio de notas frias dessa empresa – a Cinco Soluções.

Porém, se continuarmos a leitura da matéria com bastante atenção, notaremos logo adiante a primeira contradição: “A Lanza é contratada pelo diretório nacional do PT, em Brasília. Um grupo de 36 pessoas trabalha para a Lanza na mansão alugada no Lago Sul, em Brasília, nas áreas de imprensa e internet da pré-campanha de Dilma. Produzem textos, acompanham a petista em viagens e eventos e alimentam o site. A maior parte desses profissionais recebe entre R$ 7.500 e R$ 11 mil mensais. Eles não mantêm vínculos empregatícios com a Lanza. Para efetuar a maioria dos pagamentos, a empresa recebe notas fiscais da Cinco”.

Ou seja, aqui percebemos duas coisas: primeiro, que os jornalistas e técnicos não são contratados da campanha de Dilma, mas sim da Lanza; segundo, que a coordenação de campanha naturalmente não efetua pagamentos diretos a esses funcionários – ela paga a Lanza, que por sua vez remunera os seus funcionários, de acordo com o tipo de contrato que possuem. Logo, o título da reportagem e tudo que é dito no primeiro parágrafo não passam de mais uma mentira da Folha para tentar desestabilizar a campanha de Dilma, afinal de contas a suposta forma de pagamento não é feita pela campanha e sim pela Lanza.

É ridículo, para dizer o mínimo, pensar que a coordenação de campanha de Dilma tenha alguma responsabilidade sobre procedimentos administrativos de uma empresa que lhe presta serviço. Ou a Folha espera que uma campanha eleitoral tenha que enviar auditores às empresas que contrata para verificar a rotina administrativa e contábil das mesmas? O que se percebe é uma tentativa cada vez mais freqüente e, felizmente frustrada, dos grandes meios de comunicação brasileiros tentarem desviar o foco do debate em torno da sucessão presidencial. Como um debate propositivo tende a ser desfavorável ao candidato que mais agrada às grandes redações, uma parte da imprensa investe nesse tipo de factóide.

E isso é altamente prejudicial à democracia como um todo, pois a disputa deve ser centrada em torno de propostas e projetos claros para o Brasil, como tem feito muito bem a campanha de Dilma. O problema, como dito anteriormente, é que discutir idéias e comparar projetos não são estratégias viáveis para a oposição, pois o projeto implantado no Brasil ao longo do governo Lula, que é representado pela pré-candidatura de Dilma Rousseff, é bem melhor e mais bem avaliado pela população brasileira do que o projeto que Serra, herdeiro dos oito anos do governo FHC, representa. O que lhes resta, portanto? Justamente esse jogo de baixarias e mentiras que têm promovido.

Felizmente, os brasileiros estão atentos a estas manobras, nada novas, diga-se de passagem, para tentar vencer a eleição a todo custo. Cada vez mais Dilma é identificada como a continuidade de um projeto vitorioso, que gerou milhões de empregos no país através do crescimento econômico com inclusão social. Talvez seja por isso que o desespero já toma conta da oposição e os faça recorrer, junto com a imprensa, a todo tipo de factóide para tentar prejudicar Dilma. Mas não conseguirão, pois o povo brasileiro sabe muito bem quem é quem nessa história.

Um comentário:

  1. É lamentável a postura da falha de São Paulo, um jornal sem nemhuma credibilidade, a serviço dos predadores que pensam que ainda vão voltar ao poder, issso não te pertençe mais seus tucanos-dementes.

    ResponderExcluir