Houve um tempo, não muito distante, onde quem ocupava a principal cadeira da Casa Branca acumulava também o título de líder mais influente do mundo. Era uma época onde também se pensava o Brasil como um país de “Terceiro Mundo” e no qual seus dirigentes eram figuras políticas oriundas das tradicionais oligarquias ou então intelectuais. Nesses anos, era praticamente impensável imaginar que um trabalhador, nordestino, sem diploma universitário, pudesse ocupar a Presidência do Brasil.
O que acontece, contudo, quando um ex-operário chega à Presidência do Brasil e se torna uma das figuras mais reconhecidas na cena política internacional por sua capacidade de liderança e administração? E seria possível que esse presidente ex-operário, uma vez tendo vencido um grande desafio – o de conquistar a Presidência da República -, alçaria vôos ainda maiores e se tornaria o líder político mais respeitado no mundo? O que antes aguçava nossa imaginação foi respondido nessa quinta-feira, 29 de abril, pela revista norte-americana Time, que elegeu o presidente Lula o líder mais influente do mundo.
Interessante que na quarta-feira, antes, portanto, de saber desse seu novo título, o presidente Lula, durante um discurso feito no Itamaraty, relembrou aquele tempo em que todos desacreditavam que ele um dia chegaria à Presidência da República: “Tinha um grande jornalista aqui no Brasil, dono de um jornal importante, nosso querido companheiro Frias, da Folha de S.Paulo, que, cada vez que eu ia jantar com ele ou almoçar, ele dizia: ‘Ô Lula, o andar de cima não vai deixar você subir’. E nós conseguimos. Nós conseguimos fazer uma mudança substancial na América Latina”.
Lula é o líder mais influente do mundo
Um exercício interessante de fazermos, neste sentido, é o de imaginar a reação de Frias, presidente do grupo Folha, perante essa notícia da Revista Time, se ainda estivesse vivo. Seria, no mínimo engraçado, analisar como Frias e outros brasileiros que desacreditavam que Lula chegaria à Presidência veriam agora que ele – um ex-operário pernambuco que chegou em São Paulo em um pau-de-arara – não somente era Presidente do Brasil, mas também o líder mais influente do mundo.
No texto da Time, escrito pelo cineasta Michael Moore, a reprodução da reação da elite brasileira quando da vitória de Lula não poderia ter sido melhor: “quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche”.
O cineasta segue dizendo que “Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina – na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores – que já havia sido preso por liderar uma greve” e que “quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira”. E é interessante analisarmos a questão por esse prisma sugerido por Michael Moore: após anos de domínio das elites, eis que finalmente um homem do povo – genuinamente da classe trabalhadora – chega ao poder.
O futuro chegou ao Brasil
Se fizermos um resgate do período que antecedeu a vitória de Lula, em 2002, veremos que houve um “pânico” geral das elites do pais: afinal de contas, o ex-operário estava cada dia mais perto da Presidência e seus opositores – os “capitalistas selvagens”, como denominados por Moore – apostam que Lula arrasaria o Brasil. Qual não foi a surpresa para esse grupo, todavia, quando Lula, já eleito e empossado, começou a promover avanços significativos na política econômica e social, colocando novamente o Brasil nos trilhos.
Aqueles velhos políticos acostumados ao discurso demagógico de que “o Brasil era o país do futuro” tiveram que readequar suas palavras, pois com Lula o futuro chegou ao país! “E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula – ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano – é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo”, dispara Moore.
É interessante notar que, mesmo diante de todos esses avanços, alguns setores da sociedade brasileira e também a grande imprensa local, aliada aos interesses do conservadorismo, ainda tratam Lula com amplo descrédito: desmerecem sua liderança e não reconhecem, por pura desonestidade intelectual, o grande salto em termos de crescimento com inclusão social que o Brasil deu durante o governo Lula. Felizmente, enquanto esses setores continuam apostando na máxima de que “santo de casa não faz milagre”, a comunidade internacional reconhece o trabalho extraordinário de Lula. Michael Moore diz acertadamente que “o que Lula quer para o Brasil é o que nós [norte-americanos] costumávamos chamar de ‘sonho americano’”.
O que acontece, contudo, quando um ex-operário chega à Presidência do Brasil e se torna uma das figuras mais reconhecidas na cena política internacional por sua capacidade de liderança e administração? E seria possível que esse presidente ex-operário, uma vez tendo vencido um grande desafio – o de conquistar a Presidência da República -, alçaria vôos ainda maiores e se tornaria o líder político mais respeitado no mundo? O que antes aguçava nossa imaginação foi respondido nessa quinta-feira, 29 de abril, pela revista norte-americana Time, que elegeu o presidente Lula o líder mais influente do mundo.
Interessante que na quarta-feira, antes, portanto, de saber desse seu novo título, o presidente Lula, durante um discurso feito no Itamaraty, relembrou aquele tempo em que todos desacreditavam que ele um dia chegaria à Presidência da República: “Tinha um grande jornalista aqui no Brasil, dono de um jornal importante, nosso querido companheiro Frias, da Folha de S.Paulo, que, cada vez que eu ia jantar com ele ou almoçar, ele dizia: ‘Ô Lula, o andar de cima não vai deixar você subir’. E nós conseguimos. Nós conseguimos fazer uma mudança substancial na América Latina”.
Lula é o líder mais influente do mundo
Um exercício interessante de fazermos, neste sentido, é o de imaginar a reação de Frias, presidente do grupo Folha, perante essa notícia da Revista Time, se ainda estivesse vivo. Seria, no mínimo engraçado, analisar como Frias e outros brasileiros que desacreditavam que Lula chegaria à Presidência veriam agora que ele – um ex-operário pernambuco que chegou em São Paulo em um pau-de-arara – não somente era Presidente do Brasil, mas também o líder mais influente do mundo.
No texto da Time, escrito pelo cineasta Michael Moore, a reprodução da reação da elite brasileira quando da vitória de Lula não poderia ter sido melhor: “quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche”.
O cineasta segue dizendo que “Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina – na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores – que já havia sido preso por liderar uma greve” e que “quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira”. E é interessante analisarmos a questão por esse prisma sugerido por Michael Moore: após anos de domínio das elites, eis que finalmente um homem do povo – genuinamente da classe trabalhadora – chega ao poder.
O futuro chegou ao Brasil
Se fizermos um resgate do período que antecedeu a vitória de Lula, em 2002, veremos que houve um “pânico” geral das elites do pais: afinal de contas, o ex-operário estava cada dia mais perto da Presidência e seus opositores – os “capitalistas selvagens”, como denominados por Moore – apostam que Lula arrasaria o Brasil. Qual não foi a surpresa para esse grupo, todavia, quando Lula, já eleito e empossado, começou a promover avanços significativos na política econômica e social, colocando novamente o Brasil nos trilhos.
Aqueles velhos políticos acostumados ao discurso demagógico de que “o Brasil era o país do futuro” tiveram que readequar suas palavras, pois com Lula o futuro chegou ao país! “E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula – ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano – é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo”, dispara Moore.
É interessante notar que, mesmo diante de todos esses avanços, alguns setores da sociedade brasileira e também a grande imprensa local, aliada aos interesses do conservadorismo, ainda tratam Lula com amplo descrédito: desmerecem sua liderança e não reconhecem, por pura desonestidade intelectual, o grande salto em termos de crescimento com inclusão social que o Brasil deu durante o governo Lula. Felizmente, enquanto esses setores continuam apostando na máxima de que “santo de casa não faz milagre”, a comunidade internacional reconhece o trabalho extraordinário de Lula. Michael Moore diz acertadamente que “o que Lula quer para o Brasil é o que nós [norte-americanos] costumávamos chamar de ‘sonho americano’”.
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