Quem folheia jornais e revistas ou ainda quem assiste a um noticiário da TV certamente já se deparou com alguma matéria criticando os tais gargalos de infra-estrutura existentes no Brasil. Engrossando o coro da oposição, a grande mídia procura transformar problemas pontuais em grandes catástrofes, sempre no intuito de tentar passar a imagem de omissão e falta de planejamento do governo. Longe de querer tirar a importância destes problemas, uma vez que de fato representam gargalos a serem solucionados ainda pelo governo federal, procuraremos fazer neste texto um exercício de contextualização e relativização, entendendo a natureza dessas questões e vendo que o quadro está longe de ser o pintado pela oposição.
Desde 2007 o setor aeroportuário vem sendo o preferido dos oposicionistas, que criticam o que chamam de “falta de planejamento e investimento” do governo Lula. Neste sentido, a oposição transforma, em seus discursos inflamados, o atraso de uma parcela das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em grandes aeroportos brasileiros em um “grande exemplo de irresponsabilidade do governo Lula” no que diz respeito a investimentos em infra-estrutura e logística. A grande mídia, como é de costume, vai nessa mesma linha dos demo-tucanos e se farta em apresentar matérias com aeroportos cheios, vôos atrasados, passageiros aglomerados em pequenos saguões esperando o horário de partida do seus vôos etc.
Eis a receita para se transformar um problema localizado em um setor específico em um grande circo, onde oposição e imprensa se unem para dar a questões pontuais a dimensão que elas não têm. Quando estes setores bradam em coro que faltam investimentos em aeroportos eles omite, propositadamente, tudo que já foi feito pelo governo federal até agora, não somente no setor aeroportuário, mas também em outras frentes. Esquecem-se, motivados por um oportunismo descarado, de que se hoje o problema é a superlotação dos aeroportos, em um passado não muito distante, eram outros os problemas, muito maiores que esses, diga-se de passagem. Afinal de contas, quem abria um jornal em 2002 não lia manchetes sobre “caos em aeroportos”, mas lia sobre juros altos, inflação fora do controle, queda do poder de compra dos trabalhadores, desemprego crescente, economia estagnada etc.
Os gargalos do Brasil durante o governo tucano
Comecemos por este prisma o nosso exercício de contextualização. O leitor deve se lembrar que tão logo teve início, o governo Lula teve que estabelecer uma escala de prioridades, muitas vezes difícil de administrar, uma vez que o governo anterior – formado pela grupo que hoje é oposição – este sim deixou grandes gargalos na economia brasileira. Em janeiro de 2003, quando o PT assumiu a Presidência da República, teve que adotar medidas para reduzir os juros sem acelerar a inflação (que estava na casa dos dois dígitos), para acelerar o crescimento econômico e a geração de empregos, para ampliar a confiança do mercado internacional em relação ao Brasil e derrubar o dólar (na época próximo aos R$ 4) e para resolver os grandes problemas sociais fruto de décadas de descaso de governos anteriores.
Isso para citar os problemas em suas linhas gerais, pois se formos detalhar um a um e tentarmos listar aqui neste texto todos os problemas herdados do governo do PSDB não haverá espaço suficiente neste blog para tal tarefa. Apesar da enorme quantidade de problemas existentes, o governo Lula “arregaçou as mangas”, definiu as prioridades, e um a um estes gargalos foram sendo resolvidos. Se há oito anos o leitor abria o jornal na parte de Economia e lia, apavorado, notícias relacionadas ao alto preço do dólar, aos juros estratosféricos, à escalada inflacionária, ao aumento do desemprego e ao “achatamento” da renda, hoje ler o caderno de economia e finanças não causa mal estar a ninguém.
Isto porque, neste período de tempo, a taxa básica de juro caiu de 24,5% para 9,5% ao ano, a inflação recuou de 12,4% (IPCA-2002) para 5,5% (IPCA esperado para 2010) e o dólar despencou de níveis próximos a R$ 4 para algo em torno de R$ 1,8. Sem contar que enquanto as manchetes dos jornais da época do governo tucano noticiavam recorde de desemprego a cada mês, hoje as notícias indicam o contrário: recorde na geração de empregos. Afinal de contas, enquanto o PSDB gerou 780 mil novos empregos quando governou o Brasil, o PT gerou até abril deste ano 12,4 milhões de novos empregos. Tudo isso mediante uma política econômica assertiva, que promoveu crescimento e ao mesmo tempo distribuiu renda, o que resultou diretamente na redução da desigualdade social no país.
Não podemos esquecer também que há oito anos um tema recorrente nas manchetes dos jornais era a questão da segurança no fornecimento de energia elétrica, pois o país acabara de sair de um racionamento que havia durado oito meses (entre junho de 2001 e fevereiro de 2002). Este sim foi um dos maiores gargalos que o governo Lula teve que solucionar logo no seu início. E é importante lembrar que a solução desse problema foi capitaneada pela então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, atual pré-candidata do PT à Presidência da República. Em julho de 2004, um ano e meio após o início do governo Lula, entrou em vigor o novo marco regulatório do setor elétrico brasileiro, desenhado por uma equipe comandada por Dilma, e que afastou definitivamente o risco de novos apagões e racionamentos no Brasil. Sem contar, claro, os vários investimentos para ampliar a geração de energia elétrica feitos ao longo do governo Lula.
E quem não se lembra dos apresentadores do Jornal Nacional, da rede Globo, noticiando frequentes empréstimos feitos pelo Brasil junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional)? Pois é, não é preciso muito esforço para recordar as manchetes daquela época, que sempre traziam notícias nada agradáveis sobre o crescimento da dívida externa brasileira. E hoje em dia? Será que o leitor se recorda de alguma matéria na imprensa escrita ou televisiva sobre algum empréstimo feito pelo Brasil junto ao FMI! A resposta é não; mas certamente o leitor se lembrará de manchetes mostrando que o Brasil passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional, graças à bem sucedida política econômica do governo Lula.
Gargalo aeroportuário é efeito colateral de maior renda
Uma pessoa mais distraída poderia contra-argumentar que na época do governo FHC não se ouvia falar em gargalo no setor aeroportuário. E é verdade, isso não era manchete mesmo! Primeiro, porque havia problemas muito mais graves para a imprensa noticiar, como foi explicitado anteriormente. Segundo, porque de fato não havia gargalo, já que a política econômica que levou ao achatamento da renda não permitia que o trabalhador viajasse de avião. Isso tem que ser destacado: se hoje os aeroportos brasileiros estão enfrentando esse problema de “superlotação” é um sinal de que muito mais pessoas estão viajando de avião, o que é explicado por dois movimentos – um aumento na renda do trabalhador e a redução nos preços das passagens aéreas.
É claro que o cenário ideal seria de que a infra-estrutura aeroportuária comportasse o crescimento da demanda por vôos domésticos e internacionais: investimentos nesse sentido foram feitos pelo governo federal, contudo uma parte das obras atrasou. A oposição brada e cobra providências sobre o atraso nas obras dos aeroportos de Brasília, Goiânia, Vitória e Macapá, mas se esquece que em dois dos principais aeroportos do Brasil – o de Congonhas (em São Paulo) e o Santos Dumont (no Rio de Janeiro) – foram realizadas obras de ampliação da pista e ampliação do terminal de embarque e desembarque de passageiros. Isto mostra que o governo Lula investiu sim na solução do gargalo aeroportuário.
Vê-se, por meio desse rápido exercício de contextualização, que não basta dizer onde está o problema, como faz a oposição, mas é preciso antes de tudo entender a natureza dessa problema e ter honestidade intelectual para admitir que estão sendo tomadas providências para resolve-lo. Se hoje o setor aeroportuário apresenta este gargalo, que está devidamente sendo resolvido, é sinal de que o Brasil melhorou muito nos últimos oito anos, haja vista que durante o governo FHC tudo que o brasileiro queria era que os problemas do seu país fossem como os de hoje. Afinal de contas, se hoje o cidadão vez ou outra se depara com algum atraso de vôo nos aeroportos, na época em que os tucanos governavam o Brasil, grande parte dos brasileiros não tinha emprego e, se tinha, não ganhava o suficiente para poder andar de avião.
Desde 2007 o setor aeroportuário vem sendo o preferido dos oposicionistas, que criticam o que chamam de “falta de planejamento e investimento” do governo Lula. Neste sentido, a oposição transforma, em seus discursos inflamados, o atraso de uma parcela das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em grandes aeroportos brasileiros em um “grande exemplo de irresponsabilidade do governo Lula” no que diz respeito a investimentos em infra-estrutura e logística. A grande mídia, como é de costume, vai nessa mesma linha dos demo-tucanos e se farta em apresentar matérias com aeroportos cheios, vôos atrasados, passageiros aglomerados em pequenos saguões esperando o horário de partida do seus vôos etc.
Eis a receita para se transformar um problema localizado em um setor específico em um grande circo, onde oposição e imprensa se unem para dar a questões pontuais a dimensão que elas não têm. Quando estes setores bradam em coro que faltam investimentos em aeroportos eles omite, propositadamente, tudo que já foi feito pelo governo federal até agora, não somente no setor aeroportuário, mas também em outras frentes. Esquecem-se, motivados por um oportunismo descarado, de que se hoje o problema é a superlotação dos aeroportos, em um passado não muito distante, eram outros os problemas, muito maiores que esses, diga-se de passagem. Afinal de contas, quem abria um jornal em 2002 não lia manchetes sobre “caos em aeroportos”, mas lia sobre juros altos, inflação fora do controle, queda do poder de compra dos trabalhadores, desemprego crescente, economia estagnada etc.
Os gargalos do Brasil durante o governo tucano
Comecemos por este prisma o nosso exercício de contextualização. O leitor deve se lembrar que tão logo teve início, o governo Lula teve que estabelecer uma escala de prioridades, muitas vezes difícil de administrar, uma vez que o governo anterior – formado pela grupo que hoje é oposição – este sim deixou grandes gargalos na economia brasileira. Em janeiro de 2003, quando o PT assumiu a Presidência da República, teve que adotar medidas para reduzir os juros sem acelerar a inflação (que estava na casa dos dois dígitos), para acelerar o crescimento econômico e a geração de empregos, para ampliar a confiança do mercado internacional em relação ao Brasil e derrubar o dólar (na época próximo aos R$ 4) e para resolver os grandes problemas sociais fruto de décadas de descaso de governos anteriores.
Isso para citar os problemas em suas linhas gerais, pois se formos detalhar um a um e tentarmos listar aqui neste texto todos os problemas herdados do governo do PSDB não haverá espaço suficiente neste blog para tal tarefa. Apesar da enorme quantidade de problemas existentes, o governo Lula “arregaçou as mangas”, definiu as prioridades, e um a um estes gargalos foram sendo resolvidos. Se há oito anos o leitor abria o jornal na parte de Economia e lia, apavorado, notícias relacionadas ao alto preço do dólar, aos juros estratosféricos, à escalada inflacionária, ao aumento do desemprego e ao “achatamento” da renda, hoje ler o caderno de economia e finanças não causa mal estar a ninguém.
Isto porque, neste período de tempo, a taxa básica de juro caiu de 24,5% para 9,5% ao ano, a inflação recuou de 12,4% (IPCA-2002) para 5,5% (IPCA esperado para 2010) e o dólar despencou de níveis próximos a R$ 4 para algo em torno de R$ 1,8. Sem contar que enquanto as manchetes dos jornais da época do governo tucano noticiavam recorde de desemprego a cada mês, hoje as notícias indicam o contrário: recorde na geração de empregos. Afinal de contas, enquanto o PSDB gerou 780 mil novos empregos quando governou o Brasil, o PT gerou até abril deste ano 12,4 milhões de novos empregos. Tudo isso mediante uma política econômica assertiva, que promoveu crescimento e ao mesmo tempo distribuiu renda, o que resultou diretamente na redução da desigualdade social no país.
Não podemos esquecer também que há oito anos um tema recorrente nas manchetes dos jornais era a questão da segurança no fornecimento de energia elétrica, pois o país acabara de sair de um racionamento que havia durado oito meses (entre junho de 2001 e fevereiro de 2002). Este sim foi um dos maiores gargalos que o governo Lula teve que solucionar logo no seu início. E é importante lembrar que a solução desse problema foi capitaneada pela então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, atual pré-candidata do PT à Presidência da República. Em julho de 2004, um ano e meio após o início do governo Lula, entrou em vigor o novo marco regulatório do setor elétrico brasileiro, desenhado por uma equipe comandada por Dilma, e que afastou definitivamente o risco de novos apagões e racionamentos no Brasil. Sem contar, claro, os vários investimentos para ampliar a geração de energia elétrica feitos ao longo do governo Lula.
E quem não se lembra dos apresentadores do Jornal Nacional, da rede Globo, noticiando frequentes empréstimos feitos pelo Brasil junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional)? Pois é, não é preciso muito esforço para recordar as manchetes daquela época, que sempre traziam notícias nada agradáveis sobre o crescimento da dívida externa brasileira. E hoje em dia? Será que o leitor se recorda de alguma matéria na imprensa escrita ou televisiva sobre algum empréstimo feito pelo Brasil junto ao FMI! A resposta é não; mas certamente o leitor se lembrará de manchetes mostrando que o Brasil passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional, graças à bem sucedida política econômica do governo Lula.
Gargalo aeroportuário é efeito colateral de maior renda
Uma pessoa mais distraída poderia contra-argumentar que na época do governo FHC não se ouvia falar em gargalo no setor aeroportuário. E é verdade, isso não era manchete mesmo! Primeiro, porque havia problemas muito mais graves para a imprensa noticiar, como foi explicitado anteriormente. Segundo, porque de fato não havia gargalo, já que a política econômica que levou ao achatamento da renda não permitia que o trabalhador viajasse de avião. Isso tem que ser destacado: se hoje os aeroportos brasileiros estão enfrentando esse problema de “superlotação” é um sinal de que muito mais pessoas estão viajando de avião, o que é explicado por dois movimentos – um aumento na renda do trabalhador e a redução nos preços das passagens aéreas.
É claro que o cenário ideal seria de que a infra-estrutura aeroportuária comportasse o crescimento da demanda por vôos domésticos e internacionais: investimentos nesse sentido foram feitos pelo governo federal, contudo uma parte das obras atrasou. A oposição brada e cobra providências sobre o atraso nas obras dos aeroportos de Brasília, Goiânia, Vitória e Macapá, mas se esquece que em dois dos principais aeroportos do Brasil – o de Congonhas (em São Paulo) e o Santos Dumont (no Rio de Janeiro) – foram realizadas obras de ampliação da pista e ampliação do terminal de embarque e desembarque de passageiros. Isto mostra que o governo Lula investiu sim na solução do gargalo aeroportuário.
Vê-se, por meio desse rápido exercício de contextualização, que não basta dizer onde está o problema, como faz a oposição, mas é preciso antes de tudo entender a natureza dessa problema e ter honestidade intelectual para admitir que estão sendo tomadas providências para resolve-lo. Se hoje o setor aeroportuário apresenta este gargalo, que está devidamente sendo resolvido, é sinal de que o Brasil melhorou muito nos últimos oito anos, haja vista que durante o governo FHC tudo que o brasileiro queria era que os problemas do seu país fossem como os de hoje. Afinal de contas, se hoje o cidadão vez ou outra se depara com algum atraso de vôo nos aeroportos, na época em que os tucanos governavam o Brasil, grande parte dos brasileiros não tinha emprego e, se tinha, não ganhava o suficiente para poder andar de avião.
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