sábado, 1 de maio de 2010

Opinião: um 1º de Maio que entrou na História do Brasil



Um 1º de Maio que entrou na História do Brasil. Essa é a avaliação de um blogueiro que viveu durante sua adolescência em um Brasil governado pelas forças demo-tucanas e que, ao entrar na fase adulta, viu finalmente seu país ser governado pelas forças populares, progressistas, representadas pelo governo Lula. Olhando para trás e comparando esses oito anos de um governo da classe trabalhadora aos oito anos imediatamente anteriores, tem-se a sensação que estamos tratando de países diferentes.

Sim, essa é a sensação, posto que nos oito de anos de governo FHC tivemos pautado um projeto que levou o Brasil à estagnação econômica e ao desemprego, ampliando ainda mais a desigualdade social, que já não era pequena. Por outro lado, mesmo recebendo dos demo-tucanos uma herança maldita – inflação elevada, juros altos, dívida externa estrondosa, desemprego nas alturas – o governo Lula implantou um novo projeto, que ao longo desses quase oito anos se mostrou vitorioso e reafirmou que é possível sim termos desenvolvimento com inclusão social.

E é tanto possível que, nas comemorações desse 1º de Maio de 2010, o nosso presidente Lula foi convidado especial de todos os eventos das Centrais Sindicais, ao lado da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e milhares de trabalhadores na cidade de São Paulo. Em todos os eventos, Lula fez uma avaliação dos avanços de seu governo, não em tom de campanha como acusa a oposição rancorosa e sem argumentos, mas apresentando sim uma defesa política de um projeto vitorioso, gerador de emprego e renda, e que favoreceu milhões de trabalhadores brasileiros.

Qual presidente na história recente de nosso país comemorou o Dia do Trabalhador, no último ano de seu mandato, ao lado da classe trabalhadora? E aqui vamos colocar a questão de outra forma: qual presidente pôde, quase findo o seu governo, conversar olho no olho com os trabalhadores e fazer uma defesa de suas realizações? E a resposta aqui é clara: nenhum, além de Lula! Na contramão de governos anteriores, que terminaram seus mandatos com popularidade baixíssima, justamente por não terem tomado medidas em prol da classe trabalhadora, Lula caminha para o encerramento de seu mandato com aprovação recorde, sempre acima dos 70%.

A lealdade de um líder ao seu povo
E o que explicaria essa tamanha popularidade? Alguns setores da pseudo-intelectualidade e da imprensa associam essa popularidade estratosférica ao carisma pessoal do presidente; outros, mais desonestos intelectualmente, dizem que Lula se beneficiou da estrutura que já existia e que apenas capitalizou os avanços de governos anteriores. Risíveis todos esses argumentos. Sem dúvida, o carisma de nosso presidente é enorme, mas também há que se considerar que somente o carisma pessoal não daria a Lula tamanha popularidade se ele não tivesse feito um excelente governo.

Onde está então a origem da popularidade de Lula? Está justamente na lealdade do nosso presidente à classe trabalhadora, às medidas que foram tomadas ao longo de seu governo e que geraram mais de 12 milhões de empregos com carteira assinada, que ampliaram a renda do brasileiro, que valorizaram o salário mínimo, antes defasado por décadas de inflação e que, sobretudo, levaram dignidade ao povo brasileiro. Não é exagero, posto isso, qualificar de vitorioso um projeto político que tirou 24 milhões de brasileiros da pobreza extrema e fez com que 31 milhões de brasileiros ascendessem à classe média!

Como o próprio Lula disse durante o seu discurso no evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores): “é com muito orgulho que quando eu deixar a presidência eu vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou na política, na mesma distância das empresas que eu fiz as greves mais maravilhosas desse país. E o que mais vai me dar orgulho é que vou poder acordar de manhã e encontrar qualquer trabalhador e dizer para ele: bom dia companheiro porque eu fui leal aquilo que nós queríamos para o país”.

E se as vozes do atraso de repente não entenderem que lealdade foi essa, basta procurar no próprio discurso do nosso presidente: “eu lembro quando eu fiz o meu programa de 2002, quem tiver o programa pode ler, está escrito assim: o Brasil precisa criar pelo menos 10 milhões de empregos. E aí cada vez cobravam de mim: cadê, você prometeu gerar 10 milhões de empregos? E eu não prometi, eu apenas dizia que o Brasil precisava gerar 10 milhões de empregos, era uma constatação matemática. Pois bem, só por desaforo, vou terminar o mandato criando 14,5 milhões de empregos nesse país”.

A consciência política dos trabalhadores
Mas como bem disse Lula, tudo isso foi muito bom, mas não foi o maior legado do seu governo. Nas palavras do nosso presidente, “filho genuíno das classes trabalhadoras da América Latina” como bem escreveu Michael Moore em seu texto na revista Time esta semana, “o maior legado que eu quero deixar para esse país é um despertar na cabeça política da nossa juventude, um despertar político na cabeça do nosso trabalhador e da nossa trabalhadora: nós podemos, não existem limites”. E sem dúvida nenhuma é esse o maior legado do governo Lula que, através do seu projeto político, trouxe de volta a auto-estima e confiança do povo brasileiro.

Ao final de seu discurso aos trabalhadores, Lula se emociona e chora. Um choro legítimo de um líder – o maior líder da classe trabalhadora não da América Latina, mas de todo mundo! Um choro verdadeiramente alegre, por externar o sentimento de que foi feito tudo que era possível fazer, mas também um choro que admite que ainda há muito para ser feito no Brasil. E Lula bem disse em seu discurso: “Não é possível resolver o problema de 500 anos em oito. É preciso um sequenciamento”. E os trabalhadores sabem qual é esse sequenciamento e o querem! A classe trabalhadora percebeu que o resultado direto da luta é a conquista!

E quando se percebe isso, temos fortalecida a consciência política e tomamos para nós a responsabilidade, dentro do que nos cabe, de dar sequenciamento a essas conquistas. E o povo brasileiro quer ir mais longe, quer ampliar mais as conquistas obtidas no governo Lula. Lula nos mostrou qual é o caminho: devemos lutar com todas nossas forças para dar continuidade a esse caminho e impedir que as forças do atraso, do conservadorismo e do elitismo retornem ao poder. Essa é a consciência coletiva despertada no 1º de Maio de 2010, um dia que já entrou para a História de nosso país!

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