terça-feira, 30 de março de 2010

Blog do Zé Dirceu: Campanhas midiáticas e sondagens eleitorais



As pesquisas eleitorais não podem ser analisadas sem que se examine o papel das campanhas que a mídia desencadeou contra o PT, o governo e Dilma nas últimas semanas. Especialmente as movidas pela Folha e a revista Veja, com repercussão no Jornal Nacional e em todos os jornais, emissoras de rádio e TV.

Nesse capítulo tivemos como destaques os casos Eletronet-Telebrás e João Vaccari Neto-BANCOOP, além de toda a oposição diária da imprensa ao governo e ao PT, da repercussão dada ao factóide de campanha antecipada-uso da máquina do governo e as decisões adotadas a respeito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Simultaneamente a mídia esconde as graves denúncias contra o PSDB, como os casos Alstom, o pagamento de propina por essa multinacional a autoridades do governo paulista e a políticos do PSDB nos governos Mário Covas-Geraldo Alckmin-José Serra; Leonel Pavan, o governador "ficha-suja" empossado em Santa Catarina, acusado pela PF de receber propina de R$ 100 mil, entre outras denúncias; o escândalo do DEM-Brasília, no qual estão implicados também o PSDB e o PPS; e o caso Yeda Crusius, a governadora gaúcha "hors-concours", envolvida em incontáveis denúncias de fraude e corrupção.

Um terceiro ponto, ainda, a destacar na subida de José Serra nas pesquisas é a massiva e nacional propaganda de seu governo em São Paulo, um escândalo sem nenhuma crítica ou reparo sequer da mídia.

Indiferente à campanha da mídia, mãos à obra
Mas, como o governo, o PT e mesmo Dilma estiveram sob o fogo adversário da imprensa já durante todo ano de 2009, não podemos automaticamente dar um peso exagerado ao papel da mídia e sua influência no resultado das pesquisas de agora.

Acredito que, além de fazer nossas próprias sondagens, devemos aproveitar os 90 dias até as convenções oficiais e o início da campanha para consolidar o nome de nossa candidata Dilma Rousseff.

Vamos organizar sua campanha, construir o programa de governo, consolidar os palanques estaduais e as alianças, e responder à altura a todas iniciativas contrárias da oposição e da mídia. O caminho a percorrer agora é mobilizar nossa militância e a dos aliados e levar o nome de nossa candidata e nossas propostas a todo país.

Eleições, como mostraram as de 2002 e 2006, são vencidas com direção e fatos políticos, imagem e símbolos, mobilização e disputa, debates e propaganda. No momento e até outubro cabe-nos sempre tomar a ofensiva e dar continuidade ao crescimento e consolidação da nossa candidatura, sem medo e com esperança.

(Texto extraído do Blog do Zé Dirceu, em 29/03/10)

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