terça-feira, 30 de março de 2010

Por que a oposição critica tanto o PAC 2?



É no mínimo patético vermos o comportamento da oposição, representada pelo PSDB, DEM e PPS, ao criticar o lançamento do PAC 2, na segunda-feira, 29, pelo governo Lula. Em um documento intitulado “Pantomina eleitoral”, os presidentes destes três partidos, Sérgio Guerra (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS) referem-se à nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento como “uma mera peça de campanha eleitoral, movida às custas do contribuinte brasileiro”.

O questionamento da oposição é centrado, sobretudo, no argumento de que o PAC 1 ainda não foi concluído e que por isso, na visão rasa dos demo-tucanos, o lançamento agora do PAC 2 é prematuro e eleitoreiro. A oposição ainda diz, em sua nota vazia e sem argumentação consistente, que “fica claro que não existe compromisso algum com o país” e refere-se à ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, como “responsável direta por esse fiasco gerencial”.

Ora, passemos a entender neste ponto qual a motivação concreta que os partidos oposicionistas têm para criticar dessa maneira o lançamento do PAC 2. Por que eles procuram desqualificar um programa do governo federal que tem ampliado consideravelmente os investimentos em áreas estratégicas, inclusive do ponto de vista social, e que teve participação crucial para minimizar os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira?

Oposição procura nos outros defeitos seus
A primeira resposta a esta pergunta pode ser explicada pela própria psicologia. A psicanálise diz que é comum que uma pessoa procure ressaltar características negativas de outras pessoas, mas que na verdade ela reconhece nela mesmo. Assim, o egoísta acha que todo mundo ao seu redor é egoísta, aquele que gosta de se aparecer diz que todos à sua volta é que gostam de chamar o brilho pra si. E pelo visto, os demo-tucanos estão padecendo desse mal.

Ora, a argumentação do PSDB, DEM e PPS de que o governo está lançando o PAC 2 sem antes terminar o PAC 1 é bastante rasa, especialmente se considerarmos o fato de que esses partidos que criticam são os primeiros a fazerem esse tipo de coisa. Até mesmo a imprensa que serve aos interesses demo-tucanos não conseguiu esconder o governador José Serra (PSDB) inaugurando maquetes há algumas semanas! Ou seja, quem está inaugurando peças eleitorais nessa história toda são eles mesmos.

Além do mais, o presidente Lula quer deixar para seu sucessor projetos de investimentos que vão beneficiar a vida de milhões de brasileiros, de forma que quanto mais cedo for feito esse planejamento, tanto melhor será para quem for tocar os projetos. O governo Lula, neste sentido, está deixando uma herança bendita para quem sucede-lo e não uma herança maldita, como deixou FHC e os partidos que hoje criticam o lançamento do PAC 2.

Tucanos nunca tiveram compromissos com o país
A oposição parece, ainda, ter uma inveja incontida do governo Lula. Afinal de contas, quem deixou claro que “não tem compromissos com o país” foram eles, os demo-tucanos, quando governaram o país. Basta ver a situação dramática em que PSDB, DEM e PPS deixaram a economia brasileira quando foram governo: com elevadíssimas taxas de juros, inflação de duas casas, PIB estagnado e Estado omisso, incapaz de induzir investimentos na economia.

Assim, é bastante incômodo para esse pessoal ver que Lula conseguiu não somente superar a herança maldita que eles deixaram como também preparar um terreno bastante favorável para seu sucessor. Por isso o PAC 2 os incomoda, porque não tiveram a capacidade de fazer algo sequer parecido. O governo Lula, este sim, tem preocupação e responsabilidade política com o país. A oposição não: o único compromisso dos demo-tucanos foi o compromisso privatista, dilapidando o patrimônio público brasileiro.

O que a oposição chama de “fiasco gerencial” é na verdade um projeto extremamente competente que beneficiará milhões de brasileiros, através do desenvolvimento com inclusão social. Mas naturalmente a oposição não aceita projetos que beneficiem a grande maioria da população. Em situação como esta, devemos nos lembrar do economista Mário Henrique Simonsen, que dizia que “a crítica é tarefa do sábio e tão igualmente do idiota”.

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