quarta-feira, 24 de março de 2010

Lula acerta em cheio: imprensa brasileira age de má-fé



Que a suposta imparcialidade da imprensa não passa de um mito, já não é mais novidade para ninguém. Agora, não seria motivo de questionamento o fato de muitos veículos de imprensa explorarem apenas pautas negativas para um determinado lado, valendo-se inclusive da criação de inúmeros factóides? Não podemos chamar de anti-ético o comportamento de jornais, revistas e canais de TV aberta que ocultam os vários pontos positivos do grupo que tanto atacam?

Pois bem, essa prática é bastante recorrente no Brasil: de um lado, os grandes veículos da imprensa, como Folha de São Paulo, Estadão, Veja, Rede Globo; do outro lado, o governo Lula, o Partido dos Trabalhadores, os movimentos sociais. Basta abrir os jornais pela manhã e checar a predileção desses canais de mídia por notícias contrárias ao governo que tanto atacam, ocultando da população fatos importantes e até mesmo falhas graves dos partidos políticos que essa mesma imprensa acoberta.

Imprensa age de má fé
Chamando a atenção da população para isso, o presidente Lula destacou, nesta quarta-feira (24), essas atitudes da imprensa brasileira, que só podem ser justificadas, como ele bem disse, por uma “má-fé”. "O estudante que daqui a 30 anos for ler determinados tabloides vai estar estudando mentiras, quando poderia estar estudando a verdade. Quando o cidadão quer ser de má-fé, não tem jeito", disse o presidente Lula.

O presidente ainda destacou: "Eu levanto de manhã, vejo manchetes e fico triste. Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete. É uma predileção pela desgraça. É triste quando a pessoa tem dois olhos bons e não quer enxergar. Quando a pessoa tem direito de escrever a coisa certa e escreve a coisa errada. É triste, melancólico, para um governo republicano como o nosso".

Tão logo Lula fez esse discurso, a mídia, essa mesma que o presidente criticou, já repercutiu em suas páginas: “Lula ataca duramente a imprensa”. Ataque? Será que realmente podemos chamar isso de ataque? O presidente simplesmente alertou a população para uma prática corriqueira e anti-ética da grande mídia, que está a serviço da direita, do conservadorismo e do status quo.

Grande imprensa já declarou seu lado
Se o que Lula estivesse falando fosse uma inverdade, seria até compreensível a imprensa qualificar de ataque. O fato é que o discurso de Lula é a mais pura realidade. Ao longo destes anos, a grande mídia tem tratado o presidente com preconceito, tem procurado desconstruir as lutas dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda. O que antes era um apoio velado à direita, agora já é um apoio escancarado.

Tanto que no tal Fórum pela Democracia e Liberdade, realizado no começo de março em São Paulo por grupos da grande mídia, o jornalista Arnaldo Jabor já declarava que a imprensa tinha que assumir o seu lado e não deixar que Dilma ganhasse a eleição presidencial. Existe prova mais cabal do que essa de que esses meios de comunicação estão a serviço das elites? E cá pra nós, a discussão não é nem essa, já que dentro de uma democracia cada meio de comunicação pode apoiar quem bem entender.

Estamos falando aqui de ética profissional: porque a cobertura jornalística não fala dos programas sociais do governo Lula, que tanto têm beneficiado a população mais pobre? Porque esses jornais, revistas, canais de TV fazem de conta que a greve dos professores não existe em São Paulo? As perguntas são muitas, mas a resposta é única e foi dada corretamente pelo presidente Lula nesta manhã: má fé da impresa.

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